Christiane Torloni e Victor Fasano vão ao Congresso para pressionar contra votação do Código Florestal

maio 24, 2011

Christiane Torloni e Victor Fasano são contra  as mudanças no Código Florestal
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Christiane Torloni e Victor Fasano vão ao Congresso para pressionar contra votação do Código Florestal


 

Os atores Victor Fasano e Christiane Torloni participam nesta terça-feira (24), em Brasília, das negociações em torno do Código Florestal e tentam impedir a votação do projeto nesta tarde no plenário da Câmara dos Deputados.
Para discutir os pontos polêmicos do projeto, Torloni e Fasano vão se encontrar com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva na Câmara. “Como candidata à Presidência no ano passado, Marina proporcionou um avanço nessa questão e reforça o sentimento de todos os ex-ministros”, disse a atriz ao G1.

Fasano e Torloni afirmaram que representam 1,3 milhão de pessoas que são contrárias aos principais pontos polêmicos do projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). “Viemos continuar o trabalho que começamos com a Amazônia para Sempre quando entregamos 1 milhão de assinaturas em favor da preservação da Amazônia”, afirmou Torloni.

Segundo o ator, o novo Código Florestal apresenta falhas e as discussões precisam ser refeitas. “Existem dúbias interpretações no texto que são perigosas, e o pior é anistiar quem está ilegal”, afirmou Fasano.

Torloni criticou a urgência do projeto e elogiou a ação dos dez ex-ministros mobilizados contra a votação do Código. “ É impressionante a ação, vamos tentar ganhar algum tempo. Existem muitos argumentos para adiar a votação, mas o grande argumento, para mim, é esta mobilização de ex-ministros”, disse.

Fonte : G1 


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Artistas também repudiam mudanças no Código Florestal

Os atores Christiane Torloni e Victor Fasano discutem com Marina Silva os riscos da aprovação do substitutivo ao Código Florestal

Os atores Christiane Torloni e Victor Fasano, historicamente envolvidos com questões ambientais, estiveram nesta terça-feira (24/05) na Câmara dos Deputados e manifestaram repúdio ao substitutivo que modifica o Código Florestal. Os atores são os responsáveis pela Campanha Amazônia para Sempre, que obteve em 2008 1,2 milhão de adesões na sociedade brasileira por meio de assinaturas ao documento, que também abordava os riscos de mudar a legislação ambiental.

Os artistas também tiveram uma reunião com a ex-senadora Marina Silva, discutindo os inúmeros impactos negativos do texto apresentado por Aldo Rebelo. “Estamos representando mais de um milhão de brasileiros que querem que as florestas sejam protegidas. Não é possível votar algo tão importante com essa pressa. É na urgência que mora o perigo”, analisou Christiane Torloni.

Victor Fasano também defende um aprofundamento das discussões. “Somos a favor de um texto bom para o país, em que todos cedam um pouco. Porém, o meio ambiente já cedeu muito, não pode perder mais”, disse.

A atriz classificou a situação dos debates sobre as mudanças como algo próximo do surreal, em que a discussão dos temas afetos à proteção das florestas foram colocados em segundo plano. “Essa situação não é inteligível. Quando há um cara do Partido Comunista [Aldo Rebelo] fechado com os latifundiários, tem alguma coisa errada. Dá a impressão que nós aprendemos tudo errado nas aulas de história”, criticou Christiane Torloni.

Os atores reportaram ter sofrido hostilidades nos corredores da Câmara dos Deputados, com insultos e agressões verbais por parte de representantes dos ruralistas. “Fomos atacados de forma autoritária. Também vimos há pouco nas galerias os deputados contrários às mudanças no Código Florestal serem vaiados por representantes do agronegócio. Isso não é democracia”, protestou.

O ator Victor Fasano, neto de produtores rurais, salientou que as correntes contrárias ao substitutivo não se opõem ao crescimento do setor agropecuário brasileiro. “O problema é tentar impor um texto como esse, que defende interesses de empresários do agronegócio que nunca pisaram na terra e que nunca sentiram o cheiro da terra”, afirmou.

Os artistas expressaram especial preocupação com três pontos do texto que está em tramitação: a anistia às multas para desmatadores, a diminuição de áreas de preservação permanente (APPs) e o enfraquecimento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão que permite o controle social nos processos de formulação de políticas públicas.

“Anistiar o desmatamento é premiar o desrespeito à lei. É como um policial de trânsito parar um motorista e, em lugar de multar, dar a ele os parabéns por ter se livrado de quilômetros de engarrafamento trafegando pelo acostamento”, concluiu Victor Fasano. 
 Fonte : WWF Brasil

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